
REDE
GEODÉSICA
Uma rede geodésica é composta por pontos interligados, cujas posições são determinadas com exatidão por meio de técnicas de levantamento terrestre ou de geodesia espacial.
Na chamada “geodesia clássica” (até a década de 1960), a rede era formada principalmente por triangulação, baseada na medição de ângulos e algumas distâncias, com orientação precisa ao Norte geográfico obtida por métodos de astronomia geodésica. Os principais instrumentos utilizados eram teodolitos e taqueômetros, atualmente equipados com distanciômetros infravermelhos, bancos de dados, sistemas de comunicação e, parcialmente, ligações via satélite.
Na década de 1960, a introdução da Medição Eletrônica de Distâncias (MED) representou um grande avanço, aumentando a precisão das redes para até 1 parte por milhão (1 cm a cada 10 km), valor que atualmente é ainda dez vezes melhor, tornando os levantamentos mais rápidos e econômicos. O uso de satélites como Echo I, Echo II e Pageos permitiu a criação de redes globais, que vieram a confirmar a teoria da tectônica de placas.
O desenvolvimento continuou com satélites eletrônicos, como Geos A e B (1965-1970), o sistema Transit (1967-1990), precursor do GPS, e técnicas de medição a laser, como Lageos (EUA) e Starlette (França). Embora essas tecnologias espaciais sejam predominantes, as pequenas redes para cadastro e levantamentos topográficos ainda utilizam medições terrestres, frequentemente integradas às redes nacionais e globais por meio da geodesia espacial.
Atualmente, centenas de satélites geodésicos e de sensoriamento remoto, juntamente com os sistemas de navegação GPS, Glonass e, futuramente, Galileo, garantem que as redes geodésicas sejam mais flexíveis e econômicas. Apesar disso, as redes de pontos fixos ainda são mantidas, principalmente por razões administrativas e legais em âmbitos locais e regionais.
Contudo, as redes globais não podem ser consideradas totalmente fixas, devido à geodinâmica que provoca o deslocamento contínuo dos continentes, a taxas de 2 a 20 cm por ano. Assim, redes modernas como a ETRF e a ITRF informam não apenas as coordenadas dos “pontos fixos”, mas também as suas velocidades de deslocamento anuais.
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